segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Divagações noturnas

No campo científico e também no filosófico, tudo o que existe, tudo o que vemos e sabemos, e também o que não conhecemos, pode ser comprimido de tal maneira que reste uma existência nula. "Só sei que nada sei", disse um filósofo grego. Isto é, se considerarmos que estamos incluídos numa dimensão bem maior do que nossa consciência possa alcançar, há uma grande probabilidade de nós, seres humanos, nem existirmos dentro dessa dimensão. Existir ou não existir são concepções humanas - há algo maior que supera todas as nossas noções. "Ser ou não ser: eis a questão", declarou Shakespeare. Talvez todo o tempo e o espaço sejam uma breve reação química de um dos neurônios de um ser superpoderoso que não conseguimos conceber. Deus. Quem pode afirmar? Quem pode negar? Somos uma minúscula poeira no universo. "Tu és pó e ao pó voltarás", sentencia-nos o Gênesis, o livro que narra o princípio de tudo. Se somos pó, resta-nos atentar para que, em nossa fugaz e quase nula existência, não sujemos os móveis da casa nem provoquemos alergia em ninguém. "Carpe diem - Aproveite o dia", disse um outro filósofo. Deus é grande.